DIVAGAÇÕES

segunda-feira, dezembro 21, 2020

O CHAPÉU VOADOR

 José e Maria foram dar um passeio fluvial numa canoa motorizada, subindo o rio a uma velocidade cons-tante de 4 nós (4 milhas/hora), lida no odómetro.
O rio vazava a 2 nós e admite-se que assim se conservava durante um bom par de horas.
Maria levava um chapéu de aba larga que colocou atrás de si, à popa. Eram 2 horas quando uma aragem mais forte levou o chapéu sem que disso ambos se apercebessem. Só passadas 2 milhas, também registadas no odómetro, Maria deu pela sua falta.
Voltaram imediatamente para trás e sempre à mesma velocidade foram apanhar o chapéu, que felizmente flutuava e era bem visível.
Pergunta: a que horas foi apanhado o chapéu?

18 comentários:

Luís Alves de Fraga disse...

Meu Caro Amigo Zé,
Eu não sei nem vou fazer contas para saber a que horas "salvaram" o chapéu! Eu sei é o momento em que a Maria ouvia um bom ralhete por ter posto o chapéu onde não devia, porque eu não ando a ganhar dinheiro para pagar combustível para andar para a frente e para trás por causa dos descuidos da Maria!
E, depois, dir-lhe-ia, como o Vasco Santana:
- Sua palerma, chapéus há muitos!
(Desculpa-me, esta é a forma mais airosa que tenho para dizer: «Não faço ideia das contas que teria de fazer para reduzir a velocidade de avanço da canoa e aumentá-la na inversão de marcha... Eu é que sou um preguiçoso terrível!)
Continua, porque é fantástico para o meu intelecto conseguir arranjar desculpas esfarrapadas para não responder aos teus simpáticos desafios.

José Cruz disse...

Como uma possível solução para resolver o problema, está aceite, embora a sua eficácia, quanto ao comportamento de Maria, não esteja garantida. Mulheres...

castro disse...

Caro Cruz ,já cá tinha uma resposta mas por ora só digo que quando deram pela falta do chapéu já ele estava a 3 milhas,penso eu...
Boas festas!
castro

Luís Silva Nunes disse...

Devo estar ver mal mas parece-me que estava a 4 milhas ... será?

José Cruz disse...

Caros CS e LSN: a pergunta é a que horas recolheram o chapéu e não a quantas milhas estavam (de quê?).
Bom, se não se chegar a acordo, reunimos amanhã o VAR da navegação. De acordo?

Luís Silva Nunes disse...

Quando deram pela falta do chapéu, na minha versão, ele já estava a 4 milhas ... deixo as horas, amanhã, para o CS ( que aproveito para cumprimentar!).

castro disse...

Deram pela falta do chapéu percorridas já 2 milhas ,seriam portanto 2H30 Min ; meia volta volver ,a vazante arrasta igualmente o chapéu e a canoa e lá vai o casalinho recuperar as tais 3 milhas em meia hora ,ficando tudo resolvido às 3 da tarde . Terá sido assim ? ...
Cumprimentando também o meu parceiro destas recreações , boas festas para todos !
castro

José Cruz disse...

Não foi necessário reunir o VAR. O chapéu foi recuperado às 3 horas.
Só não percebo a alusão às "tais 3 milhas", uma vez que, como dizes e bem, que a velocidade da vazante tanto se faz sentir sobre o chapéu como sobre a canoa, tudo se passa como se a água estivesse parada. Certamente que foi um erro tipográfico. É assim?
Retribuo os votos de Boas Festas, dando prioridade à saúde e fim do 19 no novo ano.
Um abraço.

castro disse...

Caro Cruz , tentando não baralhar este passeio ,às 1430 a canoa tinha subido 2 milhas e o chapéu tinha descido 1 milha ;daí a distância entre eles ser de 3 milhas .
Se me é permitida a sugestão ,na próxima viagem ninguém leva chapéu !
Abraço

Luís Alves de Fraga disse...

Caros Camaradas,
O Vasco Santana ("Canção de Lisboa") é que tinha razão... Chapéus há muitos!...
E permitam-me a colocação da dúvida:
- Mas por que carga de água a menina havia de tirar o chapéu?...
Aqui há gato!
E mais não digo.
Boas Festas para os meus ilustres Camaradas dados às coisas dos números, das embarcações, dos rios e mares.

José Cruz disse...

Caro Castro Silva
Estas pequenas charadas têm como de positivo o provocarem algum diálogo entre confinados a quem só resta este meio de comunicação.
Parece-me que o não ter percebido as tuas 3 milhas, deve-se ao facto de a referência para medir as distâncias ter de ser sempre a mesma, ou o fundo ou a água. E tu utilizas a água quanto à canoa (2 milhas, quando em relação ao fundo andou só 1) e o fundo quanto ao chapéu, quando ele, em relação à água está parado.
Imagina que tudo se passava num charco, em que a água está parada e depois por artes mágicas deslocavas todo o charco à velocidade que quisesses; ora isso seria irrelevante para a solução do problema.
Terei sido claro?

José Cruz disse...

Para melhor explicação da solução, acabou por se reunir o VAR, do qual saíu o veredicto final:

A velocidade a que o rio vazava não tem qualquer importância, uma vez que a velocidade da canoa, porque medida no odómetro, era em relação à água e não ao fundo. Em relação a ela, à água, a canoa andou 2 milhas, não interessando a milha que andou em relação ao fundo. Por sua vez o chapéu, em relação à água, estava parado.
Como a velocidade do barco era de 4 nós, as 2 milhas (no odómetro), foram percorridas em ½ hora, o mesmo tempo que demoraram até chegar de volta ao chapéu (que tinha ficado parado em relação à água).
O chapéu foi recolhido portanto às 3 horas.

castro disse...

Caro Cruz ,devo confessar uma coisa da qual devia ter vergonha : em bom rigor não sei como funciona o odómetro !daí achar que a canoa em águas paradas seguiria a 6 nós ,contra a corrente a 4 nós e a favor da corrente a 8 nós , será assim ? e o pior disto tudo é que sinto em mim uma inércia enorme para ir estudar o assunto como devia fazer !
Bom Natal !

José Cruz disse...

Castro Silva, se não te importas dá-me o teu contacto, e-mail e/ou telefone e discutiremos melhor esta coisa, como aliás já fiz com o LSN.
Mais uma vez obrigado pela tua colaboração neste blogue e,como nos estamos a aproximar do dito, aqui vão os votos de um bom Natal para ti e tua Família.

castro disse...

Caro Cruz ,acho que só me falta perceber a que é que correspondem as leituras do odómetro ( que vergonha , e eng.hidrógrafo...) e depois ,parafraseando o « outro...» , é só fazer as contas !
castro
965610603
fjmcsilva@gmail.com

castro disse...

Bom ,contrariando a preguiça fui ao Google ver como funciona o odómetro .
Escolhi o modelo tipo conta-rotações e aí as contas batem certo !
Contudo , se se tratasse do modelo baseado numa diferença de pressões julgo que a abordagem já seria diferente mas não aprofundei mais !...
Fica assim...
Abraço ,castro

José Cruz disse...

CS: Obrigado.

Luís Alves de Fraga disse...

Fico encantado tanto saber!
Gosto de vos ver trocar impressões sobre coisas tão apaixonantes.
Obrigado.