Nesta tarde domingueira, confinado em casa, tive o prazer de assistir na RTP1 a um excelente programa sobre Elvas, onde a figura de honra foi o Forte da Graça.
Mas, e como no bom pano cai a nódoa, mais uma vez me feriram os ouvidos uma série de anglicanismos completamente desnecessários, quer de alguns dos entrevistados quer dos apresentadores televisivos.
Sim, sei que uma língua viva sofre alterações através do tempo, como por exemplo o “aportuguesamento” de palavras para as quais não temos equivalente.
Tudo bem. Mas para aquelas que já cá existem para que empregar outras? Para mostrar ”cultura”, para mostrar conhecimentos, para se dizer que se é actualizado, para se distanciar do “parolo” português?
Não há ninguém que ponha mão nisto, principalmente nos locutores, que depois muitos imitam?
Estou velho, bota de elástico, antiquado, fora do tempo. É com certeza isso.